Durante anos, um dos maiores atrativos do Androidfoi a possibilidade de fazer o sideload de aplicativos de qualquer lugar, uma liberdade que o diferenciava do iOSque prende os usuários à App Store. A instalação de aplicativos diretamente de sites ou o uso de lojas alternativas, como a F-Droid, proporcionou aos usuários do Android flexibilidade e um senso de propriedade sobre seus dispositivos, mas agora essa liberdade está ameaçada. O Google planeja introduzir novas regras de registro de desenvolvedores que podem dificultar muito o sideload e possivelmente acabar com as lojas de aplicativos independentes.
A F-Droid, que opera há 15 anos como uma alternativa de código aberto à Play Store, deu o alarme com um aviso de que o novo sistema poderia acabar com seu projeto por completo. De acordo com as regras propostas pelo Google, cada aplicativo precisaria estar vinculado a uma identidade de desenvolvedor registrada, e os desenvolvedores seriam obrigados a fornecer a identificação do governo juntamente com os identificadores de seus aplicativos e chaves de assinatura diretamente ao Google. Na prática, isso colocaria o Google no centro da distribuição de aplicativos Android, dando-lhe autoridade não apenas sobre a Play Store, mas também sobre qualquer aplicativo instalado em dispositivos Android.
Em sua postagem no blog https://f-droid.org/en/2025/09/29/google-developer-registration-decree.htmlo F-Droid declarou sem rodeios que "o decreto de registro de desenvolvedor encerrará o projeto F-Droid e outras fontes de distribuição de aplicativos gratuitos/de código aberto como as conhecemos hoje" O Google alega que essas medidas fortalecerão a segurança e reduzirão a disseminação de malware, mas esse argumento é prejudicado pelo fato de a própria Play Store ter hospedado repetidamente aplicativos mal-intencionados, apesar dos requisitos de verificação existentes. Android já oferece uma proteção integrada na forma do Play Protect, que pode verificar e remover aplicativos prejudiciais, enquanto a F-Droid argumenta que uma abordagem de código aberto é inerentemente mais transparente porque a comunidade pode inspecionar o código e identificar problemas.
Por outro lado, colocar o Google no controle exclusivo das identidades dos aplicativos cria um guardião central que determina quais aplicativos podem ser instalados e por quem. As consequências dessa mudança se estenderiam muito além da segurança. Os desenvolvedores, especialmente os amadores ou pequenos colaboradores de código aberto, podem não estar dispostos a enviar uma identificação pessoal ou a cumprir com a verificação no estilo corporativo, e essa hesitação pode resultar em menos aplicativos sendo disponibilizados fora da Play Store. Ferramentas voltadas para a privacidade e projetos comunitários podem desaparecer completamente, deixando os usuários com muito menos opções do que antes. Até mesmo os desenvolvedores estabelecidos podem estar em risco, pois se o Google decidir revogar um registro, um aplicativo poderá ser efetivamente impedido de ser distribuído, independentemente de sua popularidade ou utilidade.
Essas preocupações já atraíram a atenção dos órgãos reguladores, especialmente na Europa, onde a Lei dos Mercados Digitais exige que os usuários possam instalar aplicativos de fontes alternativas sem barreiras artificiais. Se o novo sistema do Google for visto como um sistema que torna o sideload praticamente impossível, é provável que ele enfrente um exame minucioso e possíveis desafios legais na região. Nos Estados Unidos, o Google já está lidando com processos antitruste em andamento relacionados à distribuição de aplicativos, e a introdução de verificações de identidade de desenvolvedores mais rigorosas será vista, quase certamente, como uma forma de consolidar o controle sobre o ecossistema Android.
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