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IA e AR na sala de cirurgia - como isso poderia funcionar

O projeto de pesquisa KARVIMIO se concentra no uso de IA e RA no contexto de procedimentos cirúrgicos. (Fonte da imagem: sasint/Pixabay)
O projeto de pesquisa KARVIMIO se concentra no uso de IA e RA no contexto de procedimentos cirúrgicos. (Fonte da imagem: sasint/Pixabay)
O projeto de pesquisa KARVIMIO, liderado pelo Institute for Work and Technology, explora como a inteligência artificial e a realidade aumentada podem apoiar as equipes cirúrgicas na sala de cirurgia. Seu objetivo é melhorar os fluxos de trabalho dos hospitais, tornando-os mais eficientes e seguros. Ao mesmo tempo, o projeto levanta questões éticas importantes e destaca os possíveis riscos.

Na última edição de sua série Forschungaktuell (11/2025 / em alemão), o Instituto de Trabalho e Tecnologia (IAT) da Westfälische Hochschule Gelsenkirchen analisa mais de perto o projeto de pesquisa KARVIMIO. Financiado pelo Ministério Federal Alemão de Educação e Pesquisa (BMBF), o projeto investiga como a inteligência artificial e a realidade aumentada podem ser aplicadas em salas de cirurgia para dar suporte aos assistentes cirúrgicos e melhorar a segurança dos pacientes.

O projeto se concentra no desenvolvimento das chamadas "instruções in-situ " - guias visuais passo a passo exibidos por meio de óculos de realidade aumentada ou dispositivos montados na cabeça, como o HoloLens da Microsoft 2. Essas instruções aparecem diretamente no campo de visão do usuário. A IA reconhece o instrumento cirúrgico em uso e sobrepõe a configuração correspondente ou o guia de uso no objeto do mundo real. Isso elimina a necessidade de manuais impressos, que não são práticos em ambientes estéreis. Uma câmera de profundidade aprimora ainda mais o sistema, detectando objetos mesmo fora da linha de visão imediata do usuário.

Riscos e questões éticas

Liderada por Elena Fitzner e Dr. Peter Enste, a equipe do projeto segue uma abordagem de desenvolvimento estritamente centrada no usuário. Em todas as fases, os assistentes cirúrgicos, os fabricantes de equipamentos e a equipe central de esterilização participaram ativamente por meio de workshops e testes práticos. Os participantes enfatizaram a importância de controles intuitivos, telas coloridas claras e recursos visuais de fácil leitura. Ao mesmo tempo, alguns expressaram preocupação com a possibilidade de os sistemas de AR parecerem intrusivos, principalmente em situações de alta pressão ou tarefas rotineiras.

Há também o risco de que a equipe se torne excessivamente dependente da tecnologia, o que pode levar a um declínio gradual do seu conhecimento de rotina. Problemas técnicos, como o reconhecimento incorreto de objetos ou falhas no sistema, podem atrapalhar ainda mais os fluxos de trabalho cirúrgicos. Além dessas preocupações práticas, o uso de tais sistemas levanta importantes questões éticas e legais. Por exemplo, quem é responsável se o sistema fornecer instruções incorretas? E como é possível garantir que a tecnologia apoie, em vez de substituir, a responsabilidade humana em situações críticas?

Além do desenvolvimento técnico, o projeto também examina os aspectos éticos, jurídicos e sociais, seguindo a abordagem ELSI (Ethical, Legal, and Social Implications, implicações éticas, jurídicas e sociais). Os principais tópicos incluem confiança na tecnologia, proteção de dados, responsabilidade profissional e desenvolvimento de habilidades. O objetivo geral é projetar sistemas que aprimorem as capacidades humanas em vez de substituí-las.

Aplicações potenciais

Os pesquisadores veem um amplo potencial para a aplicação de IA e RA na sala de cirurgia. Além de auxiliar durante os procedimentos cirúrgicos, essas tecnologias também podem desempenhar um papel valioso no treinamento de assistentes cirúrgicos, na documentação de apoio e na melhoria dos fluxos de trabalho nos serviços centrais de esterilização.

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Marius Müller, 2025-11- 9 (Update: 2025-11-10)