UCLA desenvolve sensor montado na pálpebra para monitorar a fadiga com 96% de precisão

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) desenvolveram um novo sensor macio e autoalimentado que pode medir de forma confiável o nível de fadiga de uma pessoa rastreando os movimentos das pálpebras. Esse novo dispositivo - detalhado na revista Nature Electronics - combina um novo sensor com um algoritmo de IA para decodificar a fadiga. Com uma precisão relatada de 96,4%, esse sensor pode levar ao desenvolvimento de uma nova classe de sensores.

O avanço baseia-se na descoberta do efeito magnetoelástico gigante em materiais macios, que foi feito em 2021 pela mesma equipe da UCLA. Esse efeito permite que um composto de polímero macio converta o estresse mecânico do movimento de uma pálpebra em um sinal magnético mensurável e, em seguida, em um sinal elétrico.

Esse sensor é feito de uma camada de borracha de silicone incorporada com microímãs e uma bobina de ouro fina e condutora que é modelada em um elastômero termoplástico. É um sensor extensível e à prova d'água, projetado para ser usado na pálpebra. Ele traduz os movimentos das pálpebras em sinais de alta fidelidade. Esses sinais são então processados por uma rede neural. A IA analisa seis parâmetros diferentes de piscar de olhos a partir dos dados do sensor para categorizar o nível de fadiga de uma pessoa.

Em uma visão mais ampla, o efeito magnetoelástico gigante em sistemas macios representa uma descoberta científica transformadora, mas todo o seu potencial teórico e experimental ainda não foi revelado. - Dr. Chen, líder da pesquisa.