A nova tecnologia poderia economizar US$ 11 bilhões em custos médicos por ano para a população dos EUA e evitar 60.000 mortes

As úlceras de pressão afligem 2,5 milhões de pacientes anualmente somente nos EUA, custando US$ 11 bilhões em tratamento e levando a 60.000 mortes por ano [dados de 2006]. Comuns entre idosos, pacientes pós-cirúrgicos e indivíduos com mobilidade limitada, essas feridas dolorosas se formam quando a pressão sustentada corta o fluxo sanguíneo para os tecidos, levando à necrose. Os colchões de pressão alternada atuais tentam atenuar esse problema, tentando minimizar a pressão geral.

Esse novo estudo revelou que uma maneira melhor de prevenir úlceras de pressão não é minimizar a pressão uniformemente, mas alternar estrategicamente entre picos de pressão aumentados e fases de "descarga" profunda. Com base nessa descoberta, os pesquisadores criaram um novo tipo de colchão que reduz a área de oclusão persistente (APO) - regiões do tecido em que o fluxo sanguíneo permanece bloqueado - em 34 vezes em comparação com as almofadas de espuma médica padrão em um limiar de pressão de oclusão (OPT) de 32 mmHg.

Para estudar rigorosamente o problema, a equipe de pesquisa construiu um sofisticado colchão de teste com 1.260 atuadores lineares controlados de forma independente. Eles descobriram que a sabedoria convencional - tentar manter a pressão baixa em todos os lugares - não era a estratégia mais eficaz. Em vez disso, o segredo era criar a maior diferença possível entre as zonas de alta pressão e as zonas de "descarga" aliviadas, e alterná-las periodicamente. Isso foi conseguido com a criação de uma superfície semelhante a um tabuleiro de xadrez que alterna entre picos de alta pressão e poços de baixa pressão.

O colchão usa juntas flexíveis e molas de equilíbrio estático para obter transições eficientes em termos de energia entre os estados de pressão. Esse design reduz a força de atuação para <9% do peso do paciente, permitindo a operação manual ou automatizada. Ele se adapta aos ajustes da estrutura da cama, como posições elevadas da cabeça e dos joelhos, sem comprometer a distribuição da pressão.

Os testes foram realizados em manequins anatomicamente corretos, a fim de garantir a tranquilidade dos participantes e a precisão dos dados coletados. A introdução dessa tecnologia resultará em colchões de pressão alternada mais portáteis e econômicos, mas são necessárias mais pesquisas e testes.