Marte tem um interior irregular causado por colisões de 4,5 bilhões de anos, mostra estudo

o módulo de aterrissagem InSight da NASA foi um módulo robótico que operou de 2018 a 2022. O módulo de pouso foi construído para detectar ondas sísmicas de marsquakes. Essas ondas penetram profundamente no manto de um planeta. À medida que as ondas passam por diferentes tipos de materiais dentro do manto, sua velocidade e forma de onda são alteradas.

Durante a operação do InSight, seu sismômetro detectou 1.319 marsquakes. Desde então, os pesquisadores têm estudado os dados para descobrir a composição do manto de Marte. Um estudo recente, publicado em 28 de agosto, revelou a natureza irregular do interior do planeta vermelho.

Os cientistas identificaram oito marsquakes que produziram ondas sísmicas com energia de alta frequência. À medida que as ondas viajavam pelas profundezas do manto de Marte, elas se tornavam mais lentas, retornando sinais embaralhados. Os pesquisadores usaram simulações de computador em todo o planeta para ver onde isso estava acontecendo.

Eles descobriram que a desaceleração ocorria em uma região pequena e localizada. Estudos adicionais revelaram que essa região contém pedaços de material. Os cientistas acreditam que os pedaços foram criados a partir de colisões de asteroides que ocorreram há 4,5 bilhões de anos. Há uma crença comum de que, durante esses primeiros anos, asteroides e protoplanetas colidiam regularmente com planetas mais jovens.

Ao contrário da Terra, Marte não tem placas tectônicas. Como resultado, essas protuberâncias permaneceram lá por tanto tempo. Vênus e Mercúrio também não possuem placas tectônicas. Esse estudo deu aos cientistas uma visão do que pode estar presente em seus interiores.