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mistério de 700 anos resolvido: O DNA revela a identidade e o fim violento da realeza medieval

O crânio do indivíduo investigado do mosteiro dominicano do século XIII na Ilha Margaret, Budapeste (Crédito da imagem: Universidade Eötvös Loránd)
O crânio do indivíduo investigado do mosteiro dominicano do século XIII na Ilha Margaret, Budapeste (Crédito da imagem: Universidade Eötvös Loránd)
O sequenciamento de DNA de última geração e a modelagem isotópica resolveram o caso da identidade perdida em um assassinato real de 700 anos. Os cientistas confirmaram que os restos mortais redescobertos pertencem ao Duque Béla de Macsó, revelando novos detalhes sobre sua ascendência e morte violenta.

Mais de sete séculos depois, a ciência forense moderna ajudou a resolver o mistério de um assassinato real. Uma equipe de pesquisadores da Eötvös Loránd University (ELTE) e seus parceiros internacionais confirmaram a identidade de restos de esqueletos descobertos em Budapeste. Suas descobertas, que foram relatadas na revista Forensic Science International Genetics, mostram que os ossos pertencem ao Duque Béla de Macsó. Ele era um nobre húngaro do século XIII e neto do rei Béla IV, que foi morto em 1272. Veja como isso foi confirmado.

As descobertas genéticas

O processo de confirmação da identidade começou com um exame genético completo. Pesquisadores do Institute of Archaeogenomics, em Budapeste, sequenciaram todo o genoma e reconstruíram a linha paterna por meio do cromossomo Y. Eles obtiveram o resultado de uma combinação de ancestrais que se correlaciona com o que se sabe sobre a família de Béla. Quase metade de seu perfil genético carregava um gene do norte da Europa que corresponde à família governante Rurikid.

Outra parte apontava para o Mediterrâneo Oriental, que se encaixa na linhagem traçada por Maria Laskarina, sua avó. Quando a equipe comparou essas informações com uma coleção recente de dados genéticos Rurikid da Rússia, a linha paterna correspondeu exatamente. Esse teste genético o colocou onde os documentos medievais dizem que ele pertencia, como um descendente posterior do rei Bela, o Terceiro.

Descoberta da datação por carbono

A evidência genética não conseguiu responder a todas as perguntas, então os pesquisadores fizeram alguns estudos de radiocarbono e isotópicos. Os primeiros resultados de radiocarbono forneceram datas que pareciam muito antigas. No entanto, depois de analisar os níveis de carbono e nitrogênio, eles perceberam que Béla provavelmente comia uma grande quantidade de peixes de água doce. Esse tipo de dieta pode criar o que os especialistas chamam de efeito reservatório, que faz com que seus restos mortais pareçam mais velhos do que deveriam.

As leituras de estrôncio dos dentes revelaram mais detalhes sobre sua história. Os valores obtidos confirmaram que ele realmente passou a primeira infância na região de Vukovar e Syrmia antes de se mudar para a área próxima a Budapeste. Eles também encontraram algumas partículas minúsculas presas em sua placa dentária que foram vistas ao microscópio. Foram encontrados grãos de trigo e cevada que foram moídos e cozidos, o que corresponde à dieta esperada em uma família rica daquela época.

Análise forense

O esqueleto também apresentava sinais claros da violência que acabou com sua vida. Especialistas forenses mapearam cada ferimento e estudaram os ângulos dos golpes. Eles contaram vinte e seis ferimentos que ocorreram na hora da morte. Nove dos ferimentos atingiram a cabeça com armas afiadas. Os demais foram golpes cortantes ou perfurantes desferidos contra o tronco e os membros.

O padrão sugeria que havia mais de um agressor e mais de uma arma usada. O senhor tinha algumas marcas nos ossos que sugerem que ele tentou se defender antes de desmaiar. Esse resultado se encaixa em relatos de longa data que descrevem um ataque político realizado por vários homens.

Esqueletos completos da era Arpad são muito raros de se encontrar, o que torna essa descoberta especialmente valiosa. Combinando genética, análise química e técnicas forenses, os pesquisadores puderam responder a perguntas que vêm sendo feitas há centenas de anos.

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David Odejide, 2025-11-18 (Update: 2025-11-18)