O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação civil contra a BYD e duas de suas subcontratadas relacionadas à construção da nova fábrica de veículos elétricos da BYD em Camacari, Brasil. Um total de 220 trabalhadores chineses foram descobertos vivendo e trabalhando em condições que violavam as leis trabalhistas brasileiras, incluindo condições que eram "análogas à escravidão", disseram os procuradores.
As investigações foram iniciadas após uma denúncia anônima que levou à descoberta de alojamentos superlotados, condições insalubres de moradia e condições de trabalho exploratórias. De acordo com relatórios oficiais, alguns trabalhadores dormiam sem colchões, seus passaportes teriam sido confiscados e os contratos continham cláusulas ilegais. Observadores relataram que os trabalhadores trabalhavam longas horas sem um dia de folga por semana e que 60 a 70% de seus salários eram retidos.
O MPT está buscando R$257 milhões (aprox. US$51,5 milhões) de indenização das empresas. As obras da fábrica de Camacari foram suspensas no final de 2023 em função das revelações. A BYD, que alegou "tolerância zero para violações de direitos humanos e leis trabalhistas", não havia respondido ao processo do grupo até o momento da redação deste artigo.
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A fábrica seria o primeiro local da BYD para a produção de EVs fora da Ásia e uma pedra angular em sua expansão na América Latina. A imagem global e a estratégia de expansão da empresa sofreram um duro golpe com a ação judicial. O momento é interessante, já que a empresa está competindo frente a frente com a Tesla e outros fabricantes de veículos elétricos pela participação no mercado global, inclusive ultrapassando recentemente a Tesla nas vendas de veículos elétricos na Europa este ano.
A legislação brasileira considera que "condições análogas à escravidão" não são apenas trabalho forçado, mas também servidão por dívida, condições de vida degradantes e violações da dignidade humana. A luta legal que está se desenrolando atualmente pode dar à BYD motivos para reconsiderar suas operações na região e chamar a atenção internacional para suas práticas trabalhistas no exterior.