Essa missão deve dar à humanidade a primeira visão completa de como a Terra reage à radiação do Sol

O Sol emite fluxos de partículas chamados de vento solar e explosões maciças de material solar chamadas de ejeções de massa coronal (CMEs). Essas emissões são poderosas o suficiente para acabar com a vida na Terra. Entretanto, permanecemos protegidos graças à magnetosfera da Terra. Esse escudo protetor afasta as emissões solares, impedindo-as de chegar até nós.

Os cientistas têm tentado entender como a magnetosfera reage ao vento solar e às CMEs. Várias missões foram lançadas com esse objetivo. Entretanto, essas missões estudaram principalmente as interações em escala local. O Smile foi criado para fornecer um quadro verdadeiramente global da reação da Terra às partículas ejetadas do Sol.

O método empregado na missão Smile é baseado na troca de carga do vento solar. A troca de carga do vento solar é um processo que ocorre quando as partículas carregadas do vento solar interagem com partículas neutras na atmosfera superior da Terra. Essa interação causa a emissão de luz de raios X, que o Smile detectará.

O Smile também fará imagens contínuas das luzes do norte e do sul em luz ultravioleta. Em especial, ele observará a aurora boreal continuamente por mais de 40 horas. Com tudo isso, o Smile está preparado para detectar mudanças no campo magnético que ocorreram devido às interações com partículas do Sol.

Foi definida uma janela de lançamento de um mês para a missão. O lançamento está previsto para ocorrer entre 8 de abril e 7 de maio de 2026.