O Sol bombardeia a Terra com uma série de ejeções de massa coronal

O Sol passa por um ciclo de 11 anos de atividade solar. No final desse ciclo, o Sol chega a um ponto em que se torna muito ativo antes de se acalmar novamente. Esse ponto é chamado de máximo solar. Nosso Sol atingiu o máximo solar no início deste ano.

Vimos os efeitos dessa alta atividade em novembro. O Sol lançou quatro erupções solares e quatro CMEs de sua Região Ativa NOAA 14274 em poucos dias. Três das CMEs atingiram a Terra. A terceira foi a mais forte. Ela foi precedida por uma erupção solar de classe X. Estima-se que essa EMC estava viajando a uma velocidade inicial de cerca de 1.500 km/s. Ao atingir a Terra, a CME desencadeou uma forte tempestade geomagnética que atingiu o pico por seis horas antes de se acalmar para níveis moderados.

A tempestade causou grandes interrupções aqui na Terra. As regiões voltadas para o Sol sofreram um grave blecaute de rádio que durou aproximadamente de 30 minutos a uma hora. Áreas da África, Europa e Ásia foram afetadas.

Uma coisa espetacular sobre a tempestade geomagnética é que ela causou um Ground Level Enhancement (GLE). Os GLEs ocorrem quando partículas solares carregadas penetram no escudo magnético da Terra. Elas são observadas por detectores na superfície da Terra.

Curiosamente, e felizmente, a tempestade não representou nenhum risco biológico direto para os seres humanos na Terra. Seu impacto na infraestrutura crítica também foi mínimo. No entanto, o evento forneceu a várias missões da ESA dados úteis sobre radiação.