Imagem do mês da Webb: Bela imagem da Nebulosa da Aranha Vermelha é selecionada para outubro
As nebulosas planetárias são formadas quando uma estrela como o nosso Sol chega ao fim de sua vida. Quando a estrela fica sem combustível, ela se expande e se transforma em uma gigante vermelha, lançando sua camada externa no espaço. Isso expõe o núcleo branco e quente da estrela. Esse núcleo libera radiação ultravioleta. A radiação ioniza o gás circundante que foi expelido, causando o atraente brilho vermelho visto na imagem.
Em uma imagem anterior da Nebulosa da Aranha Vermelha, a estrela central parecia fraca e azul. Mas essa nova imagem demonstra o quanto esse centro é quente. A câmera de infravermelho próximo (NIRCam) do Webb possibilitou essa visão. Ela captura uma visão clara da estrela central e revela a poeira quente que a cerca. Os astrônomos acreditam que a poeira quente orbita a estrela central em uma estrutura de disco.
Nessa imagem, apenas uma estrela é visível no centro da Red Spider. Mas o formato de ampulheta da nebulosa sugere a possível presença de uma estrela companheira oculta. A Nebulosa Borboleta possui um formato de ampulheta semelhante.
Essa imagem do Webb também revela, pela primeira vez, a extensão total dos lóbulos estendidos da Red Spider. Os lóbulos são mostrados em azul nessa imagem. Eles se estendem por cerca de três anos-luz. Os lóbulos foram moldados pelo fluxo de gás que saiu da estrela durante milhares de anos.
O gás em movimento rápido que flui da estrela central colide com o gás mais antigo. A colisão força o gás que está saindo a se curvar e formar a estrutura roxa em forma de S vista no centro da nebulosa. Esse fenômeno é responsável pela estrutura ondulante da nebulosa.
As observações do programa Webb GO nº 4571 foram usadas para criar essa imagem. Observações como essas podem ajudar os astrônomos a entender como os jatos e fluxos de saída de uma estrela moribunda moldam as nebulosas planetárias bipolares.
Fonte(s)
