A BYD, inimiga da Tesla, considera a condução autônoma um sonho impossível, enquanto promete dominar o mercado de veículos elétricos em 3 a 5 anos

Durante a reunião anual de acionistas da BYD, o presidente da maior concorrente da Tesla expressou ceticismo de que o recurso de direção totalmente autônoma que Elon Musk aposta para o futuro da Tesla venha a acontecer. Obstáculos legais e regulatórios impedirão que recursos como o modo de direção totalmente autônoma da Tesla saiam do estágio Beta, informou ele à plateia. Mesmo que haja uma mudança favorável nas regulamentações de direção autônoma, as montadoras ainda estariam sujeitas à destruição do valor da marca de cada modelo em particular, caso ocorra um único acidente grave, acrescentou.

Isso não quer dizer que a BYD seja contra as tecnologias autônomas, mas seu presidente é da opinião de que elas continuarão sendo recursos de assistência ao motorista, com os quais será muito difícil ganhar dinheiro significativo. Isso é contrário à opinião de Elon Musk de que a Tesla conseguirá realizar a condução totalmente autônoma e poderá até licenciá-la para outras empresas de automóveis em algum momento.

A BYD também espera se tornar a maior montadora da China até o final do ano e disse que está mais bem posicionada para aproveitar a revolução dos veículos elétricos que está varrendo o setor. Nos próximos 3 a 5 anos, seu presidente Wang espera que a empresa ganhe ainda mais participação de mercado do que tem agora como a segunda maior fabricante de veículos elétricos do mundo, depois da Tesla. Esse também será o período crítico em que os fabricantes de automóveis terão que sair relativamente ilesos do outro lado da transição dos veículos elétricos, disse Wang.

A BYD já fez a parte difícil, observou ele, construindo um portfólio formidável de veículos elétricos e uma cadeia de suprimentos, e agora se concentrará na expansão, inclusive no exterior, onde pretende se tornar a embaixadora mais competitiva do setor de veículos elétricos da China. Elon Musk comentou recentemente que a BYD agora é "altamente competitiva" de fato, e os próximos anos mostrarão quem vai nadar e quem vai afundar nas corredeiras vertiginosas da transição dos veículos elétricos.

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