Exposição de 100 horas: ESA divulga a imagem mais nítida do Campo Ultra Profundo

O Webb, combinando dados de sua câmera de infravermelho próximo (NIRCam) com seu instrumento de infravermelho médio (MIRI), revelou vistas nítidas e detalhadas do Campo Ultraprofundo do Hubble. Originalmente montado a partir de observações do Hubble de 2003 a 2004, o Campo Ultraprofundo exibe mais de 10.000 galáxias, algumas das quais datam de menos de um bilhão de anos após o Big Bang.

A última observação do Webb no campo concentra-se na região do MIRI Deep Imaging Survey (MIDIS), usando o filtro de comprimento de onda mais curto do MIRI. A observação durou quase 100 horas, marcando a observação mais longa do Webb de um campo extragaláctico em um filtro. Nesse pequeno trecho do céu observado, o Webb revelou mais de 2.500 fontes, incluindo centenas de galáxias extremamente vermelhas. Muitas são provavelmente galáxias enormes enterradas na poeira cósmica ou galáxias evoluídas com estrelas maduras que se formaram no início da história do Universo.

A imagem atribuiu cores com base nos comprimentos de onda do infravermelho, revelando características distintas das galáxias. Laranja e vermelho indicam comprimentos de onda mais longos no infravermelho médio, destacando galáxias com características como poeira pesada, formação estelar abundante ou núcleos galácticos ativos (AGN). Pequenas galáxias branco-esverdeadas parecem mais distantes devido ao redshift, fazendo com que sua luz caia na faixa do infravermelho médio. A maioria das outras galáxias brilha mais intensamente nos comprimentos de onda mais curtos do infravermelho próximo, mostrados em azul e ciano, pois não possuem realces no infravermelho médio.

A visão do Webb do Campo Ultraprofundo do Hubble é uma das visões mais profundas do Universo já obtidas. Ela está fornecendo mais informações sobre a formação das primeiras estruturas cósmicas.