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Novo telescópio da NASA detectará 10 vezes mais supernovas Ia do que o JWST, o Hubble e outros juntos

Na foto, os telescópios espaciais JWST, Hubble, Chandra e Swift (Fonte da imagem: NASA; editado)
Na foto, os telescópios espaciais JWST, Hubble, Chandra e Swift (Fonte da imagem: NASA; editado)
Uma pesquisa realizada pelo próximo Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, da NASA, poderá revelar segredos profundos sobre o universo, mesmo aqueles sobre os quais os cientistas provavelmente nem pensaram. A pesquisa, que deverá revelar cerca de 100.000 explosões celestes, também poderá encontrar evidências de algumas das primeiras estrelas do universo.

O Telescópio Espacial Nancy Grace Roman da NASA, cujo lançamento está programado para, no máximo, maio de 2027, conduzirá um programa de observação chamado High-Latitude Time-Domain Survey. A maior parte da pesquisa consistirá em observações de 30 horas da mesma grande região do cosmos, a cada cinco dias, durante dois anos. Os cientistas combinarão essas observações para produzir vídeos com lapso de tempo que revelarão vários eventos cósmicos dinâmicos.

Um dos principais fenômenos que os cientistas pretendem estudar são as supernovas - especificamente, as supernovas do tipo Ia. Uma simulação do High-Latitude Time-Domain Survey sugere que o Telescópio Espacial Nancy Grace Roman detectará cerca de 27.000 supernovas do tipo Ia. Isso representa um grande avanço, superando em até dez vezes o total detectado por todas as pesquisas anteriores combinadas.

As supernovas do tipo Ia fazem parte das conhecidas velas-padrão - velas-padrão são objetos no espaço que atuam como padrões, permitindo que os cientistas meçam as distâncias de suas galáxias hospedeiras. Ao comparar essa distância com o deslocamento de sua luz, os pesquisadores podem medir a rapidez com que o universo se expandiu em diferentes épocas.

Isso oferece pistas sobre a energia escura, a força misteriosa que se acredita estar acelerando a expansão do universo. Roman poderá detectar um grande número dessas supernovas do tipo Ia desde 11,5 bilhões de anos atrás, oferecendo a visão mais antiga até o momento.

Além das supernovas do tipo Ia, a pesquisa também poderá fazer uma detecção confirmada do que é chamado de supernovas de "instabilidade de pares". As supernovas de instabilidade de pares são explosões poderosas que se acredita serem provenientes das primeiras estrelas do universo - gigantes com centenas de vezes a massa do sol que não deixaram nenhum rastro.

O telescópio romano da NASA também foi previsto para detectar outros eventos cósmicos em grande número, incluindo cerca de 60.000 supernovas de colapso do núcleo, 40 rupturas de maré, 90 supernovas superluminosas e várias quilonovas. "Definitivamente, estamos esperando o inesperado", disse Rebekah Hounsell, cientista assistente de pesquisa da NASA - uma declaração adequada para uma missão que poderia reescrever nossa compreensão do universo.

Fonte(s)

NASA: 1 e 2

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Chibuike Okpara, 2025-07-30 (Update: 2025-07-31)