Nova descoberta da NASA pode fornecer a melhor evidência de todos os tempos de vida passada em Marte

A pergunta "Estamos sozinhos?" tem sido constantemente levantada entre a comunidade científica. Os cientistas estão em uma missão para fornecer respostas a essa pergunta. Uma das máquinas na linha de frente dessa missão é o rover Perseverance da NASA.

O Perseverance coletou amostras de uma rocha na formação "Bright Angel" em julho de 2024. A formação Bright Angel é uma formação geológica na cratera Jezero. Ela consiste em afloramentos rochosos localizados ao longo das bordas de um antigo vale de rio chamado Neretva Vallis. A equipe científica da NASA que trabalha com o Perseverance batizou as amostras de "Sapphire Canyon" e a rocha de onde foram retiradas, de "Cheyava Falls"

Em Cheyava Falls, o Perseverance descobriu o que a equipe chamou de "manchas de leopardo" Nessas manchas, eles detectaram dois minerais ricos em ferro: vivianita e greigita. A presença dessas manchas e sua composição indicam reações químicas que possivelmente resultaram de atividades microbianas no passado. Embora essas manchas possam ter sido formadas abioticamente, um estudo publicado recentemente https://www.nature.com/articles/s41586-025-09413-0 sugere o contrário.

As rochas sedimentares da formação Bright Angel eram ricas em carbono orgânico, enxofre, ferro oxidado (ferrugem) e fósforo. Essas são fontes de energia para o crescimento microbiano. Os cientistas acreditam que, ao consumir essas fontes de energia, os micróbios deixaram para trás as manchas vistas nas Cataratas Cheyava.

Além disso, descobriu-se que a argila e o lodo compõem as rochas da formação Bright Angel. Na Terra, esses componentes são preservadores da vida microbiana do passado. Além disso, para que essas manchas fossem formadas abioticamente, elas precisariam de alta temperatura e condições ácidas. Mas as rochas de Bright Angel não mostram nenhum sinal de que tenham passado por essas condições.

No entanto, nada está confirmado ainda. Mais estudos serão feitos. Mas, até o momento, essas descobertas oferecem um lampejo de esperança na busca por sinais de vida passada em outros planetas, já que os cientistas não conseguiram provar que as formações foram resultado de reações inorgânicas.